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Juca Kfouri: STJD fez o que deveria ao negar anulação de Vasco x Inter

O STJD negou o pedido do Vasco para impugnar a partida contra o Internacional, pelo segundo turno do Brasileirão após o VAR não ter sido utilizado na verificação do primeiro gol da equipe colorada, sob a alegação de as linhas de impedimento estarem descalibradas, em jogada na qual os dirigentes cruzmaltinos alegam um suposto impedimento de Rodrigo Dourado.

No podcast Posse de Bola #105, Juca Kfouri comenta a decisão do tribunal e ressalta que não havia como o Vasco ter seu pedido acatado por sua alegação não demonstrar um erro de direito, mas um erro de fato, que não é o suficiente para anular uma partida.

Eu me dei ao trabalho de ler a decisão do STJD, que apesar do juridiquês, é absolutamente irrespondível, dá até pena. Eu entendo que o Vasco tenha feito essa prosopopeia toda para, de alguma maneira, dar satisfação ao torcedor, mas já disse isso e preferia que a nova gestão vascaína não se utilizasse dos mesmos métodos euriquistas, diz Juca.

A alegação do Vasco é da demonstração de um erro de fato e não de um erro de direito. E só o erro de direito poderia anular o jogo. O que o Vasco argumenta? Que o jogador do Inter estava impedido e que o VAR não mostrou o impedimento. Muito bem, que fosse verdade, não dá para dizer que é verdade, mas que fosse verdade, que o Vasco tivesse conseguido provar que se o VAR tivesse funcionado, mostraria o impedimento. Era um erro de fato e o que diz o regulamento? Que se a ferramenta eletrônica não puder ser utilizada, vale a decisão de campo e foi a decisão de campo, completa.

O jornalista cita a possível ação judicial do clube cruzmaltino contra a empresa responsável pela operação do VAR no Campeonato Brasileiro e conclui que o STJD tomou a decisão mais correta para não deixar a disputa ir adiante, com o Vasco tendo o seu rebaixamento mantido dentro de campo.

Agora se o Vasco vai entrar com pedido na Justiça de ressarcimento por danos materiais para a empresa que faz o VAR, para a CBF, bom, são outros 500, aí no caso R$ 100 milhões, que é o que o Vasco diz que perdeu. Mas é a tal história, você pede R$ 100 milhões para ganhar eventualmente R$ 1 milhão, é um brilhareco jurídico, mas o STJD fez o que tinha que fazer, não fazia o menor sentido a gente levar isso adiante, conclui.

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