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Waldemar Lemos: "Trabalhar no Flamengo hoje é a maior moleza que tem"

O técnico Waldemar Lemos passou por diversos clubes do futebol brasileiro atuando em diferentes funções, mas ganhou notoriedade em dois momentos nos quais dirigiu o Flamengo, o primeiro no lugar do irmão Oswaldo de Oliveira, com o anúncio em um momento conturbado em meio a protestos de torcedores que gritavam 'fora, Waldemar', em vídeo que acabou viralizando, mas o trabalhou foi bom ao ponto de ele ter voltado anos depois. Waldemar é o entrevistado de Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do UOL Esporte, e fala das dificuldades vividas no rubro-negro, como se saiu com a pressão no clube, além de diversos momentos de sua carreira.

Com trabalhos realizados em dezenas de clubes e passando por todas as regiões do Brasil, Waldemar afirma que nunca pegou um trabalho em condições mais tranquilas e que, comparado ao período em que trabalhou, o Flamengo atual é bem mais fácil devido à reestruturação do clube nos últimos anos, deixando para trás os atrasos de salários e a estrutura física modesta.

Eu sempre peguei as coisas com muita dificuldade, nunca peguei molezinha, não. Esse Flamengo mesmo aí, que eu sempre falo, trabalhar no Flamengo hoje é a maior moleza que tem, salários bons e em dia, CT maravilhoso, e eu peguei o Flamengo sempre em situação muito difícil, afirma Waldemar.

O treinador comenta a situação na qual foi efetivado pelo clube, quando acabou bancado pelo dirigente Eduardo Moraes, o Vassoura, e conta o que fez para conseguir melhorar os resultados na reta final do Campeonato Brasileiro de 2003, quando superou a desconfiança dos torcedores.

O Flamengo, como eu conhecia já desde 2000 e o futebol brasileiro era muito assim, não sei se você lembra, era Petkovic, era Vampeta, era Denílson, tinha outros jogadores, e o quadro do Flamengo era sempre muito ruim, muito feio. Ao pé da letra, muito feio. E eu fiz eles entenderem, não que meu irmão não tenha tentado isso sempre, mas de uma outra forma a passar por cima dessas situações, que são desagradáveis até hoje no futebol brasileiro, de atraso de salário de não premiação, de não valorização do jogador, afirma Waldemar.

Eu fiz esses jogadores entenderem que eles eram importantes apesar de novos, e uma coisa que eu sempre levo comigo, que essa ideia de ter o jogador ruim e que o futebol brasileiro é ruim eu não aceito de jeito nenhum, para mim é tudo vinculado ao trabalho, e você tentar extrair o máximo, entrar no peito do jogador, no coração dele e tentar extrair o máximo dele, e foi assim que eu fiz em 2003, dando sequência principalmente ao trabalho que o meu irmão vinha desenvolvendo, completa.

Waldemar ressalta o apoio dos jogadores e afirma que foram eles que pediram para que ele retornasse ao clube três anos depois, em 2006, quando novamente a situação do Rubro-negro era de dificuldades, mas o técnico levou o time à final da Copa do Brasil, quand