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Produção de sementes é um grande desafio para o Brasil

- Produzir sementes é lidar com muitas exigências: o produtor deve se cadastrar no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); cada campo onde as sementes serão produzidas também precisa ser cadastrado; é necessário fazer um contrato com quem detém o patrimônio genético (a “patente”) da semente a ser plantada; a produção será inspecionada; os cuidados devem ser redobrados com adubação, manejo de água, controle de pragas e eliminação de plantas fora de padrão. Também é preciso atenção com a colheita das sementes, que não podem ser danificadas. Também é preciso ter atenção especial no beneficiamento, lavagem (e eventualmente fermentação), secagem e transporte, pois a semente precisa se manter viva e em pleno vigor para garantir a germinação uniforme e a expressão de todas suas qualidades na planta.
- Além de empresas especializadas e produtores certificados, as sementes também são produzidas por instituições de pesquisa, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os pesquisadores trabalham, sobretudo, com as sementes de novos cultivares, que posteriormente serão multiplicadas pelas empresas e produtores certificados. Veja mais detalhes sobre a produção de sementes no link da Embrapa https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/arroz/arvore/CONT000foh66zuv02wyiv8065610dhn0auj1.html.
- O Brasil produz e exporta sementes de milho, tendo exportado 49 mil toneladas em 2019. São Paulo é o estado que mais exporta: faturou mais de 57 milhões de dólares só com sementes, em 2018. E o país é o maior exportador mundial de sementes de forrageiras tropicais, tendo exportado até aveia preta para a França, graças à recente conquista da equivalência dos sistemas de certificação de sementes com a Europa.
- Mas o Brasil também importa muitas sementes, sobretudo de flores e de hortaliças. Isso é comum em todo o mundo. O mercado internacional de sementes movimenta algo em torno de 12 bilhões de dólares. Holanda, França, Estados Unidos, Alemanha e Hungria são os maiores exportadores e Holanda, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Espanha são os maiores compradores.
- Como potência agrícola, o Brasil tem diante de si o grande desafio de produzir mais e melhores sementes, com comprovada qualidade genética, física, fisiológica e sanitária. O produtor de grãos sempre pode salvar parte de sua produção para usar como semente, mas corre o risco de propagar doenças, favorecer pragas e lidar com perdas em seus campos. Já a produção de sementes piratas (grãos vendidos e usados como se fossem sementes) deve ser rigorosamente combatida, pois espanta a produtividade e coloca em risco áreas muito maiores de lavoura.