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O Atlético-MG se classificou para as semifinais da Libertadores com uma vitória expressiva, fazendo 3 a 0 diante do River Plate no Mineirão e atingindo uma marca que nenhum outro clube brasileiro conseguiu: eliminar os gigantes argentinos Boca Juniors e o River pela competição mais importante do continente. Mauro Cezar Pereira afirma que o feito é histórico, mas é necessário que seja colocado em um contexto, apontando o momento pelo qual passa o Millonario.

No podcast Posse de Bola #153, Mauro Cezar cita as mudanças pelas quais o River passou desde a conquista de seu último título da Libertadores sob o comando de Marcelo Gallardo, em 2018 e mesmo nas temporadas de 2019 e 2020, quando teve final com o Flamengo e semifinal com o Palmeiras, perdendo peças importantes e repondo de forma mais modesta.

O Atlético-MG teve a vitória mais impactante por conta da camisa que estava do outro lado. Isso está na história, eliminou o Boca e eliminou o River, mas acho que é importante também frisar algo que o Bernardo Ramos, nosso colega postou ontem na rede social dele, que eu acho que é bem importante entender o momento do River. Eu destaco duas coisas, primeiro que Nacho, Montiel e Borré saíram, Pinola quebrou o braço, Enzo Pérez suspenso, Maidana saiu com 34 minutos de jogo, os reforços não vingaram até agora, afirma o jornalista.

Do time da final de 2018 com o Boca Juniors lá em Madri, só três jogadores, o Armani, o Maidana e o Casco começaram o jogo, um deles saiu ainda no primeiro tempo. Em relação ao time que fez aquele grande jogo com o Flamengo do Jesus em 2019, três jogadores, Armani, Casco e Suarez, atacante que voltou nesse jogo. Não é o River Plate do Gallardo poderoso, é um River Plate enfraquecido, como está enfraquecido o futebol argentino. Do ponto de vista histórico, é uma vitória muito impactante, mas é necessário colocar no contexto, completa.

Mauro afirma que não se tira o mérito da vitória do Atlético-MG, ainda mais pela forma como o time se apresentou diante do River, mas também alerta que o time dificilmente encontrará nas semifinais contra o Palmeiras o espaço que lhe foi cedido pelo time argentino no segundo jogo das quartas de final.

Não é tirar o brilho da vitória, até porque a vitória do Atlético-MG foi categórica, marcante e histórica porque soube explorar muito bem o que, na minha opinião, foi um erro do Gallardo, deu todo o campo para o contra-ataque e as jogadas em velocidade, com espaço, como o Atlético-MG queria, e o Atlético-MG aproveitou. E aí você imagina, o Palmeiras vai dar esse es