reprodução automática próximo vídeo em 5s

Em meio ao verde amarelo, o agronatal

O tempo do Advento prepara o Natal e é marcado por luzes, enfeites, flores e decorações em residências, comércios e áreas públicas. Chegou o tempo de montar presépios, árvores de Natal, instalar luzinhas, guirlandas, decorações e comprar presentes, em meio a bandeiras do Brasil e dos festejos da Copa. Vive-se um Agronatal, tamanha a contribuição da agropecuária aos festejos natalinos.
Entre os primeiros símbolos natalinos levados do campo às residências estão as árvores de Natal. São pinheiros e tuias, produzidos aos milhares por viveiristas, em vários tamanhos e formatos, para atender o desejo e as possibilidades do bolso de cada consumidor. Os pinheiros natalinos, sempre verdes, mesmo nos países temperados, simbolizam a esperança e a vida. Sua forma triangular evoca a Trindade. Originalmente, o pinheiro de Natal era enfeitado com maçãs vermelhas, uma das poucas frutas estocadas durante o inverno europeu. As maçãs foram substituídas por bolas e outros enfeites, mas o significado permanece. O verde e o vermelho ainda predominam como cores do Natal.
Os trópicos importaram símbolos natalinos de regiões temperadas: pinheiros, Papai Noel agasalhado, lareiras e até neve de algodão. Mas, exportaram um símbolo natalino para Europa e América do Norte: a flor do Natal ou poinséttia, também conhecida como cardeal ou estrela-do-natal. Originária do México, ela tem folhas verdes e, acima, folhas semelhantes a flores vermelhas. Seu nome científico Euphorbia pulcherrima significa a mais bela das eufórbias. Esse símbolo vegetal não vem dos astecas e, sim, dos franciscanos, especialistas em novidades natalinas. Como a do presépio, inventado pelo próprio São Francisco.
As flores do Natal são a obra-prima de pequenos agricultores. Sua organização empresarial e tecnológica é avançada. São mais de 8.000 pequenos agricultores, com área média de 1,5 hectare. E empregam, em média, oito trabalhadores por hectare, segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura. Juntos, cultivam mais de 2.500 espécies e 17.500 variedades. Nas pequenas propriedades, 20% da mão-de-obra é familiar e os demais 80% contratados. O mercado de flores gera 209.000 empregos diretos e 800.000 indiretos. Deixe o plástico de lado, compre uma tuia, um pinheirinho e vasos de poinséttia e transforme sua casa num lar, onde as ideias florescem. Naturalmente.
No Natal, cresce o consumo de nozes-pecã, castanha do Pará, castanha de caju, uvas-passa, cacau, castanha de baru, frutas cristalizadas e macadâmia. Segundo a Associação Brasileira de Nozes, Castanhas e Frutas Secas, a produção global de nozes cresce, em média, 6% ao ano. O Brasil é o oitavo produtor mundial das saudáveis nozes e castanhas.
O agro brasileiro associa seus produtos à beleza e à fartura natalinas nas casas, nas empresas e nos comércios. E ajuda com símbolos e sinais a preparar os corações, como manjedouras, para acolher a chegada do Menino Deus. Feliz e Santo Agronatal.