reprodução automática próximo vídeo em 5s

Comédia MTV: elenco relembra bastidores e polêmicas no 'Oi, Sumido'

Se você passou a sua adolescência rindo do Comédia MTV, saiba que ele deixou saudade apenas para os fãs. Paulinho Serra, Gui Santana, Fábio Rabin e Rafael Queiroga não se encontram mais --por causa da pandemia-- e também porque não fazem questão. Pelo menos foi isso que eles disseram para a editora de Splash, Liv Brandão, e o colunista de cinema Roberto Sadovski, nessa reunião promovida pelo programa Oi, Sumido --mas, claro, as gargalhadas que se seguiram deixaram claro que era mais uma piada.

Gui Santana diz ainda que eles sempre foram assim mesmo: sem pudor nenhum.

Ah, antes que vocês perguntem:

Marcelo Adnet e Dani Calabresa, dois importantes integrantes do Comédia MTV, também foram convidados para o papo e toparam participar, mas a TV Globo não os autorizou a participar.

Eu estava de cílios postiços colados!

Dani Calabresa

O ator Rafael Queiroga conta que a responsável pelo sucesso do programa, que ficou no ar entre março de 2010 e março de 2012, foi a diretora Lilian Amarante. E que, de tanto dar pitaco, um ano depois ele virou um dos diretores do programa e ainda levou os outros integrantes do elenco para a sala de redação.

Em vez de a gente ter 500 mil textos chegando e vários humoristas com a cabeça fervendo, a gente tinha que colocar essas pessoas para escreverem o que elas queriam falar, explica.

O 'Comédia MTV' foi uma continuação do 'Furfles', conta Gui Santana, citando o programa que ficou no ar entre 2009 e 2010. Eu fiquei puto quando chegou mais gente, revela Fábio Rabin, brincando que o aumento do número de atores diminuiria o salário deles. Para o comediante, o melhor ponto do Comédia MTV era a liberdade:

Na TV aberta, por exemplo, isso é muito irreal, você ter uma ideia na sua casa e saber que ela vai ser executada.

A zueira era tanta que, um dia, Fábio Rabin chegou ao estúdio perguntando qual esquete iria gravar. Rafael Queiroga, já diretor, falou: só canta aí. Sem entender nada, Rabin começou a cantar. A esquete foi pro ar, meu!, ele se diverte. Vocês me traumatizaram tanto que agora eu estou fazendo aula de canto, diz Rabin --que infelizmente (ou felizmente) não quis dar uma palinha para o programa.

Outro grande laboratório para desenvolvimento das esquetes, segundo os atores, era o orçamento --ou, no caso, a falta dele. Quase tudo era improvisado, sem dinheiro ou estrutura que hoje existem nos grandes veículos de comunicação. As externas eram ali no bairro, na pracinha, conta Gui Santana.