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Bienal, 70 anos #1: De improviso a obras de Picasso, podcast conta como a m

O podcast Bienal, 70 anos estreia neste sábado (03) uma temporada de dez episódios que contam a história do evento, realizado pela primeira vez em 1951. Com apresentação de Marina Person, a coprodução do UOL e Fundação Bienal de São Paulo divide os primeiros episódios em décadas: cada programa entrelaça as histórias das bienais e o cenário cultural e social daquela época. As publicações serão sempre aos sábados. Ouça o primeiro episódio completo no arquivo acima.

O programa de estreia traz a década de 50, quando tudo começou. Foi em meio a um clima de improviso, inclusive com artistas ajudando a pendurar as obras e organizar as peças, que surgiu o evento em São Paulo. No pavilhão do Trianon --onde futuramente seria construído o Masp (Museu de Arte de São Paulo)-- quase duas mil obras vindas de 25 países formaram a primeira edição da Bienal.

O momento em São Paulo, no início da década de 50, era marcado por um boom de crescimento. Nessa época, a família de Francisco Matarazzo, um imigrante de origem italiana, era dona do maior grupo industrial da América Latina. E seu sobrinho Ciccillo Matarazzo usou sua fortuna para revolucionar a cena cultural de São Paulo.

http://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/44/2021/07/01/inauguracao-da-1-bienal-de-sao-paulo-com-ciccillo-matarazzo-o-criador-da-mostra-ao-centro-1625179154466_v2_450x800.jpg title=Inauguração da 1ª Bienal de São Paulo, com Ciccillo Matarazzo, o criador da mostra, ao centro >Inauguração da 1ª Bienal de São Paulo, com Ciccillo Matarazzo, o criador da mostra, ao centro - Autor desconhecido/Fundação Bienal de São Paulo/Arquivo Histórico Wanda Svevo (450x800)

Foi Ciccillo quem fundou o MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo), além de estar por trás da criação de outras ações inovadoras na área da cultura, como o Teatro Brasileiro de Comédia e a Companhia Cinematográfica Vera Cruz. A Bienal de São Paulo foi uma iniciativa inovadora: na época, só tinha a Bienal de Veneza. A ideia era ousada e um tanto megalomaníaca: Ciccillo conseguiu trazer para o Brasil quase 2 mil obras de 25 países diferentes.

Grande parte do sucesso da primeira Bienal se deu por conta de Yolanda Penteado, esposa do Ciccillo. A tia de Yolanda, Olívia Guedes Penteado, foi uma das grandes patrocinadoras do modernismo no Brasil e era amiga de ar