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No 6 de dezembro, o Brasil comemora o Dia Nacional do Extensionista e da Extensão Rural. A extensão rural surgiu em alguns estados como Minas Gerais e São Paulo, no início do século passado. Organizados em escala nacional, a partir dos anos 1950, os serviços públicos de assistência técnica e extensão rural (ATER) passaram por muitas transformações nas últimas décadas. E evoluirão com as contínuas mudanças da agropecuária brasileira.
Com a extensão rural, o poder público leva aos produtores, conhecimentos sobre agricultura, pecuária e até economia doméstica. O desafio é grande dada a complexidade do mundo rural. É muito diferente levar a ATER para produtores rurais tecnificados do Sul ou a agricultores descapitalizados do semiárido ou aos assentados de reforma agrária dispersos pela Amazônia.
A extensão rural sempre teve um rosto diversificado em função das muitas agriculturas e dos diferentes agricultores existentes no Brasil. A finalidade da ATER é sempre a mesma: possibilitar uma maior produção, pela melhoria da produtividade, elevando a renda e o nível de vida do homem do campo.
Em todos os contextos agroecológicos do Brasil, a extensão rural busca ampliar a autonomia técnica e a independência econômica dos produtores e reduzir sua sensibilidade e fragilidade à ação de fatores externos, sejam de natureza climática, sanitária, mercadológica etc.
Quem coordena esse processo no Brasil é a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, a ANATER. Em sua missão, além dos quadros estaduais e federais, ela contrata empresas privadas para vários serviços. A assistência técnica e extensão rural são inseparáveis e inconfundíveis.
A assistência técnica é um atendimento mais individualizado, de caráter específico, menos coletivo, em cada cadeia produtiva. O profissional da assistência técnica trabalha com inovações tecnológicas e ajuda o produtor em problemas imediatos ou pontuais. Em algumas situações ocorrem ações mais coletivas de assistência técnica: luta contra a erosão, gestão de bacias, diversificação da produção ou ainda combate coordenado a pragas e doenças. Cada vez mais empresas privadas, ligadas a fornecedores de insumos e comercialização, prestam assistência técnica, como a Associação Nacional de Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV).
Existe uma organicidade e integração, cada vez maiores na agricultura. O ganho está em somar, não em dividir. Integrar, ganhar escala e praticar a economia circular. Os constantes avanços da renda e do nível de vida no campo estão ligados à adoção de inovações tecnológicas. E nisso, os serviços de assistência técnica e extensão rural têm e ainda terão um papel relevante. O dia da extensão rural, inserido no tempo do Advento, relembra o quanto é necessária a paz na terra, pelos homens de boa vontade.