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Temor da Lava Jato vai ser uma constante no novo governo, avalia jornalista

O medo dos senadores em serem apanhados pela operação Lava Jato ficou aparente na votação do impeachment que cassou e, ao mesmo tempo, não suspendeu os direitos políticos de Dilma Rousseff. Essa é a opinião do repórter especial da Folha Mario Cesar Carvalho.

Acho que foi uma senha para aplicar a mesma medida no caso do [deputado e ex-presidente da Câmara] Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e no caso de outros senadores que estão sendo investigados pela Lava Jato, avalia Carvalho em mesa comandada pelo também repórter especial Fernando Canzian. O jornalista Ranier Bragon, da sucursal do jornal em Brasília, também participou da conversa, transmitida ao vivo pela TV Folha.

Esse temor vai ser uma constante no governo Temer porque a cúpula do PMDB foi inteira apanhada na operação, afirma Carvalho.

Qual será, então, o poder de fogo da oposição, agora representada pelo PT, no Congresso? Ao responder, Bragon diz que está enfraquecido, pequeno, mas que pode dar trabalho.

Numericamente, na Câmara, o PT e os aliados que continuaram em torno de Dilma não chegam a cem. Embora pareça pouco, o repórter lembra que eles podem recorrer a uma série de manobras regimentais, protelatórias, que fazem, por exemplo, uma votação que durasse um dia se estender por uma semana.