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Telê nervoso, Cerezo 'boca suja' e defesa de ouro: os bastidores dos mundia

Em 18 de dezembro de 2005, o São Paulo levantou a taça de campeão do mundo pela terceira vez, um feito inédito entre os clubes brasileiros. O time, que já tinha conquistado o respeito internacional ao desbancar o Barcelona no Mundial de Clubes de 1992 e o Milan na final de 1993, provou para o mundo que os títulos não haviam sido mera sorte.

Este é o ponto de partida do documentário És o primeiro, disponível no UOL Play e também com exclusividade para assinantes UOL (assista acima). O conteúdo reúne bastidores e curiosidades do planejamento do clube na jornada dos três títulos.

Os depoimentos detalham o nervosismo do técnico Telê Santana, que chegou a entrar medicado em campo por ansiedade em sua primeira final, até o tenso embarque para o Japão com 80 kg de carne escondidos na bagagem para que os jogadores pudessem manter a dieta.

Em 1993, o São Paulo voltou ao Japão e buscava se igualar ao Santos de Pelé, que venceu os mundiais de 1962 e 1963. A responsabilidade era ainda maior e o clima de rivalidade também. Os jogadores contam que, fora dos campos, Toninho Cerezo, que morou na Itália, chegou a ensinar palavrões em italiano para os colegas provocarem os adversários.

A final contra o Milan pode ser considerada uma das mais disputadas de um Mundial de Clubes. Mas independentemente do desafio, Cafu destaca que a união sempre foi o diferencial da equipe:

Era um time sem vaidade. Todo mundo jogava para todo mundo. Os jogadores passam, os diretores passam, os torcedores passam, mas o clube fica.

Em 2005, a meta era conquistar o mundo. E o desafio final era contra o Liverpool, que vinha de uma longa sequência invicta e sem sofrer gols. O goleiro Rogério Ceni foi escolhido como o melhor do jogo e do campeonato, mas conta que não foi fácil:

O lado psicológico em uma situação desfavorável, quando o outro é o favorito, é muito complicado. Eu tinha uma lesão no joelho e joguei mesmo assim. Eu disse que um dia eu repetiria o feito de 1993 jogando pelo São Paulo. Demorou 13 anos, mas o feito se repetiu.

Para contar a história dos três títulos mundiais, o documentário entrevistou Rogério Ceni, Raí, Cafu, Aloísio, Marcos Bonequini, Palhinha, Macedo, Paulo Autuori, Ronaldo Luís e Macedo. Para representar o lado de fora dos campos estão o preparador físico Moraci Sant'anna, o médico Marco Antônio Bezerra, Renê Santana, filho do técnico Telê, o auxiliar técnico Milton Cruz, o torcedor Fernando Pelégio e o fisiologista Turíbio Leite de Barros.