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Tales Faria: Centrão apoia derrubando

O Congresso diminuiu seu ritmo de trabalho. Com isso, vai dar tempo ao Centrão para negociar e tirar o máximo do governo até o grupo decidir o que faz da vida.

O Centrão sempre mandou na política do país. Fez parte de praticamente todos os governos. E tem como prática histórica embarcar e desembarcar dos governos na hora certa.

Fez assim até mesmo no regime militar. Apoiou a ditadura e depois rompeu, sem nunca romper, de fato, com os generais.

Fez assim no seu próprio governo, com José Sarney e Ulysses Guimarães, sempre às turras na década de 1980.

Fez assim no governo de Fernando Collor de Melo, no início da década de 1990.

O grupo acabou aderindo ao impeachment e conseguiu a proeza de permanecer no governo durante praticamente todo o processo.

Depois, apoiou o governo Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Lula.

O Centrão foi com o PT até o governo Dilma. Mas, quando estourou do Mensalão e o Petrolão, sentiu cheiro de cadáveres e preparou o desembarque.

Se Bolsonaro pensa que distribuir cargos ao Centrão é garantia de permanência no poder, é bom ele se colocar as barbas de molho.