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Supermercado: caixa e vitrine do agronegócio

• Os supermercados são um elo fundamental entre a produção agropecuária e os consumidores. Eles faturaram 611 bilhões em 2021 e representam 7% do PIB brasileiro. O setor supermercadista, complexo e heterogêneo em sua composição, envolve 3,1 milhões de colaboradores diretos e indiretos. E atende 28 milhões de pessoas diariamente em suas lojas. São quase 93.000 lojas, de diversas redes nacionais e internacionais, atendendo os consumidores. Os supermercados são como um caixa do agronegócio e um termômetro do consumo de alimentos nos lares brasileiros.
• Na evolução do consumo, há boas notícias. O Índice do Consumo nos Lares Brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), no primeiro semestre de 2022, encerrou com uma alta de 2,20% com relação a 2021. Em junho, o crescimento do consumo foi de 6,03% com relação ao mesmo mês em 2021. Todos os indicadores utilizados pela ABRAS são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
• No início desse período e com a alta inicial da inflação, os consumidores pesquisaram, planejaram melhor suas compras e buscaram alternativas de marcas e preços. Um número significativo de marcas compõe 80% do consumo dos lares brasileiros.
• Segundo dados da ABRAS, os supermercados ofereceram 101 marcas diferentes de arroz, 94 de feijão, 30 de bolachas, 28 de açúcar, 25 de leite, 18 de café e 16 de óleo de soja, por exemplo. Muitos consumidores optaram por produtos de marca própria dos supermercados, cujo preço é, em média, 20% a 30% mais baixo e cuja existência contribui para equilibrar os preços no mercado. Esse oferecimento de marcas dá uma ideia da capilaridade da articulação do setor supermercadista e de varejo com as diferentes cadeias produtivas do agronegócio e dos resultados na diversificação da oferta.
• Há uma sinergia entre o dinamismo do agronegócio brasileiro e a evolução dos supermercados, aproximando os consumidores de novas opções. Exemplo nas últimas décadas foi a abertura no espaço das gôndolas para a promoção de novos produtos do agro, como os cafés especiais. O mesmo ocorreu com os vinhos nacionais e com os novos e diversos cortes resfriados de carnes suínas. Foram várias campanhas dirigidas aos consumidores, com apoio das cadeias produtivas.
• O pagamento de novos auxílios federais alcançando outras categorias profissionais, como caminhoneiros e taxistas, e a queda da inflação devem aumentar o consumo nos lares nos próximos meses, de forma mais intensa e estável. De 50% a 60% dos valores liberados pelo governo serão destinados à cesta de consumo. Para a ABRAS, neste ano, o crescimento do consumo nos lares será entre 3% e 3,3%. Se depender do agro, alimentos em qualidade e quantidade não faltarão. O fundamental é a renda dos consumidores.