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Segue a multiplicação dos peixes

• No primeiro semestre de 2022, as exportações da piscicultura brasileira dobraram em valor em relação ao mesmo período de 2021. E aumentaram 14% em tonelagem. As exportações totalizaram US$ 14 milhões neste primeiro semestre contra US$ 7,18 milhões no ano passado. Em termos de volume, o Brasil exportou no semestre 4.931 toneladas contra 4.327 no mesmo período de 2021. Por que uma diferença tão grande no valor auferido se a quantidade exportada não cresceu tanto?
• A explicação está na industrialização, no crescimento das exportações de produtos com maior valor agregado, sobretudo os filés congelados. Eles tiveram um aumento de 544% no volume financeiro e de 571% na quantidade exportada, segundo os dados divulgados na 10ª edição do Informativo sobre Comércio Exterior da Piscicultura, publicação trimestral editada em conjunto pela Embrapa Pesca e Aquicultura e a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR). Agregar valor na agropecuária é essencial.
• A cadeia da produção de peixes cultivados no Brasil cresce e atingiu a marca recorde de 841.000 toneladas em 2021. A receita é estimada em mais de R$ 8 bilhões. A piscicultura gera mais de um milhão de empregos diretos e indiretos. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de tilápia. Essa espécie exótica representa 60% da produção de peixes em cativeiro do país. Os outros 40% são peixes nativos. Neles, a liderança da produção é do tambaqui, com cerca de 35% e outras espécies somam 5%, aproximadamente.
• A tilápia é também a principal espécie exportada pela piscicultura nacional: 98% do faturamento e 99% da quantidade de peixe exportada pelo Brasil no primeiro semestre de 2022. E apresentou significativos crescimento, tanto no faturamento (133%) como nas quantidades (32%) em relação ao primeiro semestre de 2021.
• Os Estados Unidos são o principal destino do pescado exportado pelo Brasil e respondem por 76% do faturamento e 63% da quantidade exportada. Bem atrás, com 8% e 9%, está o Canadá. Em volumes financeiros, foram US$ 10,9 milhões nas vendas para os Estados Unidos e US$ 1,2 milhão ao Canadá.
• Nos últimos anos, novas políticas públicas buscam desenvolver o setor, desburocratizar e ampliar o uso de inovações tecnológicas na produção e na gestão aquícola. Isso implica tanto a pesca industrial como a artesanal, de subsistência, amadora e desportiva. Avanços inéditos ocorreram na desburocratização do registro das atividades de aquicultura e pesca. Um exemplo é a simplificação dos procedimentos para utilização dos mais de 70 lagos de hidroelétricas para a produção de pescado. Só nesse ambiente, há potencial para produzir 4 milhões de toneladas de pescado ano.
• Com o empreendedorismo dos produtores de pescado e a adoção constante de inovações tecnológicas, a multiplicação dos peixes cultivados continuará. Os peixes e a evolução da piscicultura ensinam. Muito. Um pouco como na tradicional cantiga de marujada do Brasil: “Quem me ensinou a nadar? Quem me ensinou a nadar foi, foi, marinheiro, foi os