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Réu afirma que terreno era para Instituto Lula e diz que foi “pato”

Em depoimento nesta quarta-feira (6) ao juiz Sergio Moro, o dono da DAG Construtora, Demerval Gusmão, confirmou que comprou, em 2010, um terreno em São Paulo a pedido da empreiteira Odebrecht, mas que apenas depois soube que ele serviria para o Instituto Lula. O instituto nunca utilizou a propriedade.

Gusmão é réu, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-ministro Antonio Palocci, o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outras quatro pessoas em processo da Operação Lava Jato sobre um esquema de corrupção envolvendo oito contratos entre a Odebrecht e a Petrobras, que teriam gerado desvios de cerca de R$ 75 milhões e teriam beneficiado o ex-presidente e seu grupo político.

“Doutor, se o senhor me perguntasse na época, eu afirmaria que esse terreno era meu. Hoje, com o desenrolar desse processo, vendo a quantidade de pagamento feitos à minha revelia, que eu não tinha a menor ciência, por fora, o que eu posso dizer ao senhor é que eu fui enganado. Hoje eu entrei aqui como laranja nesse processo e hoje eu vejo que eu fui um pato. Isso que eu fui”, disse Gusmão a Moro.