reprodução automática próximo vídeo em 5s

René Simões fala sobre hierarquia e críticas a Neymar: "faria tudo de novo"

Quando Neymar ainda era uma jovem revelação do Santos, há dez anos, René Simões, então técnico do Atlético-GO, fez declarações fortes a respeito do jogador, o chamando de mal educado desportivamente, além da frase estamos criando um monstro. Passados dez anos do episódio, o treinador não se arrepende e mantém as críticas que fez ao atacante do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira.

Em entrevista ao programa Os Canalhas, com o jornalista Rodrigo Viana, René explica o contexto de sua declaração, fala sobre a importância da hierarquia no futebol e acredita que o fato de o PSG ter impedido a saída de Neymar para o Barcelona tenha ajudado a entender que não está acima do clube e com isso melhorar seu próprio desempenho na última temporada.

Eu dei entrevista há pouco tempo, uma televisão de um outro país está fazendo um grande documentário e chegaram na minha casa e perguntaram: 'você já pediu desculpas ao Neymar'?. Eu disse: 'desculpas? Claro que não, porque eu faria tudo de novo?'. Porque as intenções ali não foram com o Neymar, com o menino Neymar, foi com toda uma geração. Nós que somos figuras públicas, temos obrigação de passar coisas importantes, afirma René.

A gente estava dando a ideia o seguinte, se eu tenho poder, se eu tenho dinheiro e se eu tenho fama, eu posso tudo, e não é verdade isso. A vida não é feita de conveniência, a vida é feita de convivência. Uma sociedade, ela só se equilibra se todos entenderem o que é convivência e convivência é o meu direito não estar acima do meu dever, estar igual, os seus direitos e os meus deveres têm que estar harmonicamente equilibrados, completa.

Ainda em relação a Neymar, René afirma que o jogador teve o seu auge no momento em que entendeu que seria coadjuvante ao jogar ao lado de Lionel Messi no Barcelona e que sua chegada ao Paris Saint-Germain da forma que foi acabou quebrando novamente a hierarquia e o deixou maior que o clube em um primeiro momento, o que atrapalhou seu desempenho em campo.

Quando ele foi para o Barcelona, ele teve uma performance, tanto que duas vezes ele foi terceiro do mundo ali no Barcelona, ele aceitou e entendeu o que era ser um coadjuvante e não um protagonista, o protagonista era o Messi, ele era um coadjuvante e ele foi brilhante ali. E ele estava em um clube que é muito maior do que ele, esse clube já tinha mandado dois jogadores que