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Receita de arroz carreteiro resgata história do charque gaúcho em live

No programa #BrasilCozinhaComigo do último domingo (30), Zeca Camargo recebeu o cozinheiro gaúcho Emiliano Notari para preparar um arroz carreteiro de charque.

Direto de Sapucaia do Sul, na região metropolitana de Porto alegre, Notari contou a história da produção desta carne no Rio Grande do Sul.

Na culinária, é sempre importante sabermos de onde vêm as tradições que nos trouxeram até aqui

http://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/b2/2020/09/01/emiliano-notari-1599008813910_v2_450x600.jpg title=O cozinheiro Emiliano Notari, convidado de Zeca no programa >O cozinheiro Emiliano Notari, convidado de Zeca no programa - Reprodução Instagram (450x600)

A cultura do charque gaúcho remonta ao século 18, explica o cozinheiro. Um dos pioneiros foi José Pinto Martins, português que produzia carne-seca na região de Aracati, no Ceará.

Em 1777, o Nordeste sofreu uma grande estiagem, conhecida como a Seca dos Três 7, que dizimou o rebanho bovino e inviabilizou a produção de grande volume de charque.

Ciente do abundante rebanho gaúcho, Martins decidiu transferir sua produção para a região de Pelotas. Foi o estopim para transformar o Rio Grande do Sul no principal fornecedor desse tipo de carne no país -- e, mais adiante, dominar o chamado Ciclo do Charque.

Em 1779, o estado começou a exportar e, no ano seguinte, instalou-se a primeira charqueada oficial por aqui, conta Notari. O negócio ganhou tal fama que, em 1829, Dom Pedro I autoriza a concessão do título ao primeiro Barão do Charque.

O carreteiro

http://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/b6/2020/09/01/carreteiro-de-charque---emiliano-notari-1598995140432_v2_750x421.jpg title=Carreteiro preparado durante o programa #BrasilCozinhaComigo>Carreteiro preparado durante o programa #BrasilCozinhaComigo - Arquivo pessoal (750x421)

De volta à receita que compartilhou com Zeca Camargo, o cozinheiro falou sobre o charque que estava utilizando em seu carreteiro -- peça que ele mesmo produziu.

Emiliano explica que deixou a carne por seis dias desidratando de molho no sal grosso. Depois, tirei e deixei por mais quatro dias pendurado ao sol e ao vento para secar, explica. E faz a ressalva:

O charque do Rio Grande do Sul é diferente