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Quitand’arte serve biscoito de polvilho frito na hora em fogão dos anos 60

No Quitand’arte, Iara Rodrigues se esmera em manter a tradição das quitandas, palavra de origem africana relacionada aos bocados que acompanham o café desde outrora nas fazendas ou eram comercializados por ambulantes nas feiras, em tabuleiros.

“Eu venho de uma cidade produtora de quitandas, de uma família de quitandeiros e defendo isso como um gênero da alimentação”, diz Iara. Um de seus xodós é o biscoito de polvilho frito, cuja massa é tratada à mão, com tempo e persistência, enrolada e frita em temperatura gentil.

Foi uma avó de criação, sua “vó preta”, que lhe ensinou a receita --“um punhado de polvilho, um tantinho de água, um fio de gordura para hidratar, sal e ovos ao ponto”. Iara incorpora um pouco de queijo meia cura da Canastra para dar mais crocância.

“O segredo desse biscoito é fritar em gordura baixa --e não por imersão nem em temperatura alta.” Iara realiza o ritual num fogão de antigamente, esmaltado, que herdou de sua avó e fica em um dos salões, à frente dos clientes --uma atração extra e encantadora.

São oferecidos à la carte (R$ 9, três unidades) e no café do quilombo, montado às sextas, aos sábados e aos domingos, para comer à vontade. “Demora, mas vale a pena esperar. Comida boa é feita com tempo.”

Quitand’arte
Onde: r. Joaquim Antunes, 391, Pinheiros; tel. (11) 3061-0320