reprodução automática próximo vídeo em 5s

Procurador diz que grampo mostra 'guerra desleal' contra Lava Jato

Em um discurso duro em frente à sede da Justiça Federal de Curitiba, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, disse que as interceptações telefônicas que envolvem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff mostram a extensão do abuso de poder e evidenciam uma guerra desleal travada nas sombras.

As tentativas de amedrontar policiais federais, auditores da Receita Federal, procuradores da República e o juiz federal Sergio Moro devem ser repudiadas. Os atentados à investigação revelam a extensão do abuso de poder e do descaso com o estado democrático de direito na República, discursou Deltan em frente à sede da Justiça Federal de Curitiba.

Sem citar nominalmente Lula e Dilma –que foram apanhados em um grampo tratando da entrega do termo de posse como chefe da Casa Civil–, Dallagnol falou por três minutos para cerca de duas centenas de funcionários da Justiça e manifestantes anti-PT, que lotaram o pátio de acesso ao prédio onde são julgadas as ações da Lava Jato no Paraná.

As conversas telefônicas constituem evidências de obstrução das investigações em uma guerra desleal e subterrânea, travada nas sombras longe dos tribunais, afirmou o procurador, ladeado por outros investigadores da Lava Jato e um representante da associação de juízes federais do Paraná.

Leia a reportagem