reprodução automática próximo vídeo em 5s
Preto e branco de Cruella vai muito além da obsessão por dálmatas; entenda
Pensar na vilã Cruella é pensar em preto e branco. Mas a combinação característica dos looks da estilista de 101 Dálmatas vai muito além da obsessão da personagem pela raça de cães. E em Cruella, filme que ganhou o Oscar de melhor figurino neste ano, a combinação ganha mais sentido ainda.
A pedido de Splash, o consultor de imagem e moda Arlindo Grund e a jornalista e pesquisadora de moda Luiza Brasil explicaram por que a produção da Disney já é considerada um marco do universo da moda nos cinemas. Assista acima.
A trama mostra a ascensão de Cruella no Reino Unido dos anos 1970 e sua rivalidade com a terrível Baronesa. Segundo Luiza, o filme mostra muito bem o que é a moda da época.
Mescla o tradicionalismo, essa coisa de rainhas e pessoas com títulos, com a subversão do punk, conta. Dos tecidos ao desenho das roupas, tudo tem um propósito na história.
E o mais importante são as mensagens que elas querem passar: uma de sofisticação e a outra como um contraponto a tudo isso, diz Arlindo, citando os looks mais estruturados da Baronesa como exemplo.
http://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/26/2019/08/24/emma-stone-vive-cruella-de-vil-em-novo-filme-da-disney-1566670931601_v2_750x421.jpg title=Cruella (2021)>Cruella (2021) - Divulgação/Disney (750x421)
Isso também se reflete, claro, na escolha de Cruella pelo preto e branco - mas sem spoilers sobre a ligação da vilã com os dálmatas aqui.
Para Arlindo, a combinação representa os dois lados da protagonista -- o branco de seu passado como menina inocente e o preto como seu lado atual, mais sombrio e revoltado.
Luiza complementa: A gente pode falar de tendência, gosto e estilo, mas o preto e branco é algo que prevalece. E a Cruella tem essa intenção de ser uma mulher histórica, que rompe fronteiras.
Para ambos, então, faz sentido a escolha da vilã por ter a combinação sempre ligada à sua imagem. Ela vem com a simbologia de ser algo que atravesse gerações, que seja atemporal, diz Luiza.
No vídeo, ela e Arlindo ainda analisam outros figurinos tanto de Cruella quanto da Baronesa, como o vestido que pega fogo (ideia que já foi realizada na vida real!) e o feito de lixo. Assista no topo da página.