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Para moderar excessos, coparticipação pode restringir acesso a atendimento

Criado para moderar o uso excessivo de exames e procedimentos médicos, o modelo de coparticipação em planos de saúde, em que o usuário arca com uma parcela dos custos de atendimento, traz um efeito colateral: se o percentual estabelecido pelo plano for alto, acaba funcionando como uma barreira ao atendimento.

Evitar desperdício na saúde é um objetivo louvável, mas não pode ser colocada acima da necessidade de atendimento médico da população nem cabe ao consumidor a responsabilidade por essa gestão, afirmou Ana Carolina Navarrete, pesquisadora em saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

O número de reclamações sobre coparticipação em planos de saúde subiu nos últimos cinco anos, período em que o modelo teve aumento expressivo de usuários. Para a pesquisadora, em momento de desemprego alto, os preços mais baixos da coparticipação atraem muita gente, que depois não tem condições de arcar com os custos de exames ou procedimentos clínicos.