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Papo Preto #15: No Brasil, sempre houve um enorme abismo educacional; pande

Antes da pandemia, as desigualdades entre a população negra e branca do Brasil já estavam expressas em estatísticas relacionadas à educação, como índices de evasão escolar, taxa de analfabetismo e porcentagem de crianças e jovens fora da escola.

O abismo tende a se agravar com a pandemia de coronavírus, na qual as disparidades dos diversos contextos escolares e familiares -- do ensino público ao privado, das capitais ao interior, de famílias de maior e menor renda -- ficaram ainda mais evidentes. Muitos estudantes negros, por exemplo, não dispõem de computador ou celular para acompanhar as atividades do ensino remoto.

No 15º episódio do Papo Preto, Yago Rodrigues e Gabi Delgado, do Alma Preta, conversam com com os educadores Helena Nisa e Fernando Henrique sobre o impacto da pandemia para a realidade educacional de professores e estudantes negros no Brasil.

Se pré pandemia já existia uma disparidade entre negros e brancos na sociedade e no campo educacional, é de se esperar, de maneira óbvia, que uma vez que os negros são mais afetados pela pandemia, o cenário de crescimento da desigualdade social na educação também não traga boas perspectivas, disse o educador Fernando Henrique (a partir de 17:15 do arquivo acima).

Segundo Helena Nise, na educação infantil há uma sobreposição de desafios, porque a principal ferramenta pedagógica de ensino para as crianças pequenas é a brincadeira.

No caso da educação infantil, é muito difícil lidar com essa realidade: a de crianças negras que não têm acesso às tecnologias e de que a tecnologia não dá conta do projeto da educação infantil, afirmou Nise (a partir de 11:23 do arquivo acima).

Papo Preto é um podcast produzido pelo Alma Preta, uma agência de jornalismo com temáticas sociais, em parceria com o UOL Plural, um projeto colaborativo entre o UOL e coletivos independentes. Novos episódios vão ao ar todas as quartas-feiras.

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