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Cinco anos depois, o terremoto que devastou o Haiti ainda tem reflexos no Brasil. A dificuldade de reconstruir o país e as péssimas condições de vida fazem com que milhares de haitianos cruzem a fronteira em busca de oportunidade em território brasileiro. A principal porta de entrada é o Acre, que faz fronteira com o Peru e a Bolívia. Desde 2010, cerca de 60 mil haitianos chegaram ao Brasil. No entanto, nem todos procuram formas legais de entrar no país e acabam caindo nas mãos dos chamados coiotes. A partir daí, o caminho da ilegalidade pode se transformar em trabalho análogo à escravidão e até tráfico de pessoas. Por outro lado, o Governo Federal tenta barrar a imigração ilegal, chegou a criar um visto humanitário para haitianos e tenta inseri-los no mercado de trabalho. Mas como receber esse enorme contingente? Como abrigar e oferecer condições adequadas de trabalho a todos? Para responder essas e outras questões, o Debate Brasil convidou o Secretário Nacional de Justiça Beto Vasconcelos e o professor da Universidade de Brasília (UNB) e director do Observatório de Migrações Leonardo Cavalcanti