reprodução automática próximo vídeo em 5s

"O sucesso da novela Carrossel foi acidental"

Boas estreias, alguns improvisos e também decepções marcaram o ano da televisão brasileira. Esse foi o diagnóstico dos jornalistas Flavio Ricco, Mauricio Stycer e Ricardo Feltrin, colunistas do UOL, durante debate sobre o ano de 2012 na televisão. A grande novidade, segundo o jornalista Ricardo Feltrin, é a volta do SBT para a vice-liderança na audiência, após cinco anos atrás da Record. “A novela Carrossel surpreendeu e atingiu 15 pontos no Ibope. Além disso, outros programas, como a edição da manhã do Jornal do SBT, também contribuíram para a subida”, analisa.
Com o maior investimento em produção, a TV Globo manteve a qualidade dos anos anteriores. As novelas ‘Avenida Brasil’ e ‘Cheias de Charme’ atingiram ótimos índices de audiência e receberam boas avaliações do público. O aguardado ‘Encontro com Fátima Bernardes’, se não surpreendeu, também não decepcionou. E ‘The Voice’, além de render bons números, revelou um novo showman para a casa: Tiago Leifert.
Já o ano da Record, segundo os críticos, ficou marcado por improvisos. “A novela ‘Rebelde’ mudou de horário inúmeras vezes e a novela ‘Máscara’ abusou da incoerência na trama”, diz Flavio Ricco. Outro ponto negativo, segundo Mauricio Stycer, foi não aproveitar o know-how adquirido na transmissão das Olimpíadas de Londres.
Contudo, a Rede TV! foi a maior decepção do ano. Após tratar a saída do ‘Pânico’ com desdém, apostou suas fichas no ‘Saturday Night Live’ com Rafinha Bastos e o formato não decolou. Chega ao fim de 2012 com muitos horários terceirizados, salários atrasados e baixas importantes na equipe de jornalismo, o ponto forte da casa, até então.
Já a Band acertou na contratação do ‘Pânico’, que trouxe ótima audiência para a emissora e muitos patrocinadores, mas pecou em outros formatos, como o ‘Muito +’, de Adriane Galisteu, que saiu do ar apenas alguns meses depois da estreia. Mas a maior perda, segundo os jornalistas, foi a de Joelmir Beting.