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Em Águas Belas, no Agreste, a chuva não mudou o quadro deixado pela pior seca dos últimos 40 anos. O município, que é um pólo da bacia leiteira em Pernambuco, sofre com a estiagem. A estimativa é de que, caso o clima volte a se normalizar, os prejuízos só sejam recuperados em cinco anos. O Rio Ipanema, que ajudava no abastecimento da cidade, praticamente desapareceu. Há um ano, o manancial servia para pesca e hoje, de tão seco, é usado como campo de futebol.

O setor mais prejudicado é o da pecuária leiteira, que representa 80% da economia do município. Cerca de 130 mil litros de leite eram produzidos por dia. Agora, a quantidade não passa dos 20 mil litros. Já o rebanho, que era de 53 mil caiu para 18 mil cabeças de gado. Em 2011, a média de chuva no ano foi de 876 milímetros. Em 2012, a quantidade só chegou a 338 milímetros e, se a situação de seca atual continuar, estima-se que a média de 2013 seja ainda menor.