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Em fevereiro deste ano, quando o vulcão Etna entrou em erupção a poucos quilômetros de sua casa na cidade siciliana de Catânia, o italiano Dario Musumeci não fugiu em pânico. Pelo contrário.

Rapidamente, ele foi para sua varanda e, feliz, começou a filmar a enorme língua de lava incandescente saindo da cratera - uma imagem que ele chamou de espetáculo.

O episódio explica bem a relação que os moradores de Catânia têm com o Etna, um dos vulcões mais ativos do mundo e que fica ao lado da cidade, em uma região metropolitana onde vivem mais de um milhão de pessoas.

Quase nunca considerado uma fonte de medo, este monumento natural é parte extremamente querida deste centro urbano siciliano, aparecendo pelas manhãs através das janelas das casas locais e ajudando a compor uma paisagem singular.

Para estrangeiros, pode ser assustador o fato de morarmos perto de um vulcão tão ativo, que entra em erupção frequentemente. Mas nós, que nascemos aqui, encaramos isso com naturalidade, diz Dario.

A gente, inclusive, chama o Etna de 'mãe', o que mostra a forte relação que temos com esta obra da natureza. Convivemos com a imagem dele desde os primeiros dias de nossas vidas. E, como todas as mães, o vulcão fica um pouco bravo às vezes. Sabemos que devemos respeitá-lo.

Confira a reportagem completa sobre a vida dos moradores de Catânia e sua relação com o vulcão.