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“Meu marido me tirou do convênio por crueldade”, desabafa Renata Banhara

Aos 43 anos, Renata Banhara luta, desde 2015, contra uma infecção grave no cérebro causada por uma bactéria que estava alojada em um de seus dentes.

Após descobrir o problema, a modelo passou por uma reviravolta tumultuada em sua vida pessoal; foi abusada psicologicamente, vítima de violência doméstica, e teve o convênio médico cancelado pelo ex-marido durante tratamento.

Ao site da revista Marie Claire, Renata deu um relato cru sobre sua situação, no qual acusa o companheiro de ter cancelado seu plano de saúde por pura crueldade:

“Descobri [que o ex-marido havia cancelado o plano de saúde] em janeiro de 2018, quando fui ao hospital, depois que ele me bateu. Primeiro passei no IML e segui para o pronto socorro, foi aí que avisaram que o convênio tinha sido cortado”, explicou.

A modelo contou que foi criticada por ter procurado ajuda nos hospitais do Sistema Único de Saúde:

“O SUS me atende normal: hospitais cheios e médicos tentando fazer milagre. São clínicos gerais que não atendem meu caso específico, mas me dão paliativos. A primeira vez que fui no pronto-socorro, um monte de gente postou na internet que meu lugar não era ali. Mas meu lugar é ali, sim. Estou desempregada, sem convênio e doente, tenho direito”, disse.

Após três anos de luta, Renata contra que continua tomando remédios fortes, e que desenvolveu fibromialgia:

“Tomo antibióticos, corticóides e calmantes. Tem muito líquido de 2015 para sair ainda, mas as bactérias estão voltando. O lado esquerdo do meu rosto está totalmente concretado. Fiquei com fibromialgia e tenho fortes crises de dor”, contou.

Sobre a violência pela qual passou, ela explica que esqueceu o principal; fazer a denúncia contra o ex-marido:

“Eu sou ativista contra a violência doméstica há muitos anos, mas eu esqueci do principal: o 180. A violência psicológica é muito mais grave que a física. Minha violência física durou 1h40, a psicológica já dura há mais de dois anos e eu nunca vou esquecer. Aos 43 anos, sempre falando sobre violência, esqueci o principal: procurar ajuda”, continuou.

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