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Meteoro por Trás da Cena: como Cidade de Deus mudou o cinema brasileiro

O filme Cidade de Deus, lançado em 2002, mudou a forma de fazer cinema no Brasil. Porque a linguagem é diferente de tudo o que era realizado até então. Além disso, mudou a forma de retratar a miséria, a pobreza, as favelas e o crime nas obras audiovisuais do país. A liberdade criativa dada pelos comandantes do projeto fez muita diferença no resultado final. Este é o tema do Meteoro Por Trás da Cena desta semana.

A origem de tudo está no livro Cidade de Deus, feito com muita pesquisa e, com a intenção, segundo o autor Paulo Lins, ex-morador da Cidade de Deus, de diminuir a violência na favela, a violência policial. Lançado em 1997, o livro não atingiu o objetivo de Lins, que chegou a declarar que sua obra foi em vão. Mas o sucesso e as marcas que o filme deixou provam que o escritor se enganou.

Bráulio Mantovani foi escalado por Fernando Meirelles para a missão de transformar o livro em roteiro. Na página 100 achei que era impossível. Dificuldades à parte, o roteiro foi feito e o filme realizado por Meirelles e Kátia Lund, com a fotografia exuberante de César Charlone. Lançado, apanhou bastante da imprensa brasileira especializada em cinema. Porém, o público e a academia de Hollywood enxergaram-no de forma diferente. Além do sucesso nas salas, em 2004 a obra recebeu quatro indicações ao Oscar: Mantovani concorreu na categoria de Melhor Roteiro adaptado. Charlone, em Melhor Fotografia. Daniel Rezende, montador, ao prêmio de Melhor Edição. E Fernando Meirelles e Kátia Lund foram indicados à estatueta de Melhor Direção.

Assista e entenda por que este filme deve ser visto por todo mundo que ama cinema. E o Brasil.