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Mauro: 'Ramon tem méritos, mas há um exagero, não é uma revolução tática'

Depois de duas temporadas brigando na parte debaixo da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o Vasco tem um bom início sob o comando do técnico Ramon Menezes, ídolo do clube como jogador, mas ainda iniciante na carreira atual. O clube, que joga amanhã, às 19h, o clássico contra o Fluminense no Maracanã, ocupa a vice-liderança e há torcedores empolgados com o 'Ramonismo', mas o jornalista Mauro Cezar Pereira alerta para que haja cautela em todo esse otimismo.

No podcast Posse de Bola #51, Mauro Cezar chama a atenção para a melhora do clube em relação ao início da temporada, quando treinado por Abel Braga, mas diz que a tendência é que o clube não consiga se manter nas primeiras posições devido ao elenco que tem disponível e também a forma como o time tem jogado.

É evidente que o Vasco melhorou e tem sido competitivo, o que eu percebo é que boa parte da torcida do Vasco, certamente pela carência. O Vasco há muito tempo não figura ali no seu habitat, que seria entre os grandes. O Vasco nos últimos anos faz o quê? Briga para não cair. E caiu três vezes, é o grande clube do Brasil que mais vezes foi rebaixado aqui, três vezes rebaixado, diz Mauro Cezar.

Pouca gente tem frisado uma coisa que eu tenho falado que é: atenção, calma lá, a realidade do Vasco hoje qual é? O clube tem muitos problemas financeiros, o clube não pode fazer grandes contratações, tem um elenco enxuto, e é um time mediano dentro dos elencos que disputam a Série A. Não é um dos melhores. Consegue ficar lá em cima nesse momento, mas o campeonato está só no começo, então os jogos mais difíceis virão, lesões, suspensões, que a gente sabe que é assim, ainda mais numa temporada tão complicada, o Vasco está em três competições, ele está na Sul-Americana, avançou na Copa do Brasil, então vai ter períodos aí de viagem e jogos, completa.

O jornalista afirma ainda que o Vasco poderá ter problemas quando enfrentar equipes que jogam fechadas e que atacam pouco, mesma característica que credita ao clube cruzmaltino, além de destacar que não há nenhuma revolução tática e técnica no 'Ramonismo'.

Acho que é importante que o torcedor curta o momento, vibre com o Vasco, mas ele não pode dar chance para a desilusão, porque não é um elenco para brigar lá em cima. E seria muito conveniente agora falar o contrário. A tendência é o Vasco amanhã não estar naquela posição. Se estiver, vai ser sensacional, mas não é uma tendência por