reprodução automática próximo vídeo em 5s

Mauro: Caboclo alega honestidade de árbitros, não é o que está em discussão

A arbitragem e o VAR renderam reclamações do início ao fim do Campeonato Brasileiro, inclusive chamando a atenção para o jogo no qual o sistema não funcionou para a verificação de um possível impedimento no primeiro gol do Internacional contra o Vasco em São Januário, com o clube cruzmaltino pedindo a impugnação da partida no STJD. Mas na festa de premiação da competição, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, saiu em defesa dos árbitros, além de rebater críticas ao calendário do futebol brasileiro.

No podcast Posse de Bola #104, Mauro Cezar Pereira comenta as declarações dadas pelo dirigente e diz que o presidente da CBF desvia o verdadeiro motivo das reclamações de torcedores, clubes e imprensa, que é pela qualidade dos árbitros e não a respeito da honestidade.

Está virando rotina, é ponto cego, a sombra atrapalha. Não pode jogar no sol? São algumas explicações ridículas, mas tudo isso capitaneados pelo presidente da CBF, que na espetacular, fantástica, maravilhosa festa de premiação do Brasileirão falou coisas assim tão bonitas da arbitragem brasileira, foi tão comovente, ele defendendo os árbitros e falando da honestidade dos árbitros. Mas vem cá, a discussão não é se o cara é desonesto ou honesto, ninguém está colocando em dúvida a honestidade dos árbitros, bandeirinhas, árbitros de vídeo e toda aquela galera que fica naquela salinha ali fazendo aglomeração, diz Mauro Cezar.

“O que está em discussão é a capacidade ou não, esse é o ponto. Não adianta se o cara é honesto mas não sabe trabalhar, então o resultado vai ser ruim. Ser honesto é um dos pré-requisitos, claro, mas não é isso que está em discussão, então quando ele fala esse tipo de coisa, primeiro está mudando o foco da discussão, e segundo, está anunciando para todo mundo o seguinte: 'olha, eu não vou mexer nisso, eu estou satisfeito, eu não vou brigar com a arbitragem, eu acho que está legal'. O cara que é o general da banda diz que está legal esse ritmo, então vai continuar tocando aí o samba atravessado, não tem jeito, completa.

O jornalista afirma ainda que se deu pouca importância para o áudio que foi revelado da cabine do VAR na revisão do lance em que o Internacional marcou o primeiro gol diante do Vasco. Ele considera que a situação é grave e sugere que o áudio passe a ficar disponível sempre, algo que faz a própria Conmebol no dia seguinte aos jogos.

O áudio do VAR de Vasco e Internacional é algo gravíssimo, que está sendo tratado como uma questão menor, do ponto de vista jornalístico, inclusi