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Leonardo Sakamoto: Bolsonaro sabota combate ao coronavírus

O combate ao coronavírus nunca foi prioridade de Jair Bolsonaro. A preservação do seu mandato, sim. Ele avaliou que seu governo se tornará um pato manco antecipado com dificuldades de reeleição diante de uma economia deprimida. Desde o início da crise da covid-19, o presidente tem se esforçado em minimizar os efeitos da doença e empurrar trabalhadores para a rua, analisa Leonardo Sakamoto em sua coluna em vídeo desta quarta-feira (22).

Para o colunista, a impressão é que Bolsonaro não apenas se omite, como vem sabotando o combate ao coronavírus. Inicialmente, seu governo propôs apenas R$ 200 como auxílio emergencial e só graças ao Congresso Nacional isso foi corrigido. A política que apresentou para salvar pequenas e microempresas é risível. Atazanou até defenestrar os ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich e fomentou a substituição de quadros técnicos na área por militares quando a curva de mortos estava subindo, argumenta.

Reportagem de Fábio Fabrini e Julio Wiziack, na Folha de S. Paulo desta quarta (22), mostra que auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apurou que o governo federal desembolsou menos de 30% dos recursos emergenciais que havia prometido para combater o coronavírus até o final de junho. Naquele momento, a contagem de mortos estava em 55 mil. Nesta terça (21), ultrapassou 81 mil.

O que parece mais uma prova de incompetência da atual gestão se encaixa perfeitamente no negacionismo sanitário de Jair Bolsonaro e em sua tentativa de se eximir de responsabilidade frente à pandemia, avalia Sakamoto.