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José Goldemberg, físico e professor da USP

O É Notícia recebe o físico José Goldemberg, professor do Instituto de Energia e Ambiente da USP. Na primeira parte da entrevista ele fala sobre sua participação em diversos ministérios e sobre os desafios de implantar políticas de longo prazo no Brasil. Ele afirma que havia planejamento no Brasil desde a segunda guerra mundial e, ao contrário do que se diz, a expansão do sistema elétrico foi planejada. Goldemberg afirma que a construção de usinas hidrelétricas sem reservatório de água não é uma boa ideia, porque esse tipo de usina se mantém funcionando mesmo que não chova. As usinas sem reservatório ou com reservatórios menores começaram a ser construídas na década de 1990, o que, na avaliação do professor, foi um erro, já que essas usinas dependem do fluxo da água e, consequentemente das chuvas. Goldemberg também destaca que a construção de hidrelétricas fazia todo sentido no Brasil, pois o país sempre foi rico em água. Ele lembra que alguns setores defendiam a construção de parques de usinas nucleares, o que não era viável para o Brasil, justamente por ter condições de extrair energia de outros meios. Na opinião dele, o colapso no sistema se deve ao abandono do planejamento, já que a quantidade de eletricidade disponível não basta para atender a demanda.