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Flavio Ricco: "Pânico" foi escola de invasão de reportagem

Trecho do UOL Vê TV; assista o programa completo .

Em entrevista ao “UOL Vê TV” desta quarta, o escritor Nilson Xavier - autor do “Almanaque da Telenovela Brasileira” - falou sobre a constante repetição de temas nos folhetins nacionais, como personagens que possuem poderes sobrenaturais, famílias pobres que ganham na loteria e mortes misteriosas que são elucidadas apenas no último capítulo. “Desde que seja realizado com criatividade, não vejo problema. O Aguinaldo Silva, por exemplo, fez isso muito bem com a história clássica da filha sequestrada em ‘Senhora do Destino’, e deu certo”, lembrou Nilson.

Sobre a autocitação, outro recurso cada vez mais utilizado pelos autores, Nilson também se mostrou a favor. “Eu acho interessante para remeter o público a cenas que eles já conhecem e criar aquela intimidade. Só não vejo com bons olhos quando as cenas se referem o tempo inteiro a obras do próprio autor, porque aí a impressão é de que, além de generosidade, falta criatividade ao escritor. O telespectador percebe”, falou Nilson.

Quanto à estreia de Carrossel, remake que o SBT coloca no ar a partir de janeiro, o especialista em teledramaturgia comentou: “Desde os anos 60 que a televisão brasileira reprisa novelas de grande sucesso. É importante para mostrar à geração atual trabalhos de outras épocas. O cinema norte-americano sempre fez isso com grande sucesso”, finalizou Nilson.

Em sua participação por telefone, o crítico de TV do UOL, Flavio Ricco, falou sobre o polêmico caso envolvendo a jornalista Monalisa Perrone, da rede Globo, que foi empurrada por um invasor durante uma transmissão ao vivo. “Achei um absurdo o que aquele cafajeste fez, e o problema é que isto tem virado um fato comum, pois todo mundo agora acha que tem a graça dos integrantes do 'Pânico na TV', e não tem”, comentou Ricco.