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Flamengo poderia liderar inovação e prefere buscar hegemonia, diz executivo

No ano passado o Flamengo não acertou contrato de transmissão com a Globo, ficou sem seus jogos transmitidos durante parte do Campeonato Carioca e depois liderou a MP do Mandante junto ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que culminou na transmissão de jogo pelo canal do YouTube do clube rubro-negro e por consequência o rompimento do contrato do estadual com a emissora carioca e neste ano a Record transmite a competição por um valor menor.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, o executivo Bruno Maia, especialista em inovação e tecnologia no esporte, além de ex-vice de marketing do Vasco, critica a postura adotada pela diretoria atual do Flamengo e considera que o clube prefere adotar uma postura em busca de ser hegemônico em vez de utilizar sua capacidade para liderar a melhora do futebol brasileiro.

O problema não é o Flamengo, o problema é a visão de uma diretoria que está no Flamengo nesse momento, uma visão de novo pautada pela lógica hegemônica, extremamente infeliz e que na minha opinião faz um grande desserviço ao futebol brasileiro nesse momento e, como vascaíno, posso dizer isso com tranquilidade assim, eu temia que o empoderamento econômico do Flamengo levasse ele a uma posição de fato hegemônica e ele tinha toda a condição de liderar a transformação e inovação do futebol brasileiro pela força que ele adquiriu e que eu achava que era isso, ele poderia ter liderado os outros clubes nessa direção e ele preferiu dizer 'não, eu sou maior do que todos vocês' e ir na contramão, diz Maia.

Deixar isso muito claro, não é o Flamengo, que fez um trabalho extremamente excelente de referência para todos os clubes na sua organização, estruturação na década passada, que colhe resultados hoje. Agora, a diretoria que está lá, ela é uma dessas que compartilha esse mau que habita o futebol mundial, como a gente viu no caso da Superliga, na ideia da Superliga, que é a ideia de hegemonia, de domínio da hegemonia, que o futebol vai ser um esporte, uma indústria hegemônica. Não será e se for vai perder sua relevância, vai diminuir muito, não vai ser capaz de pagar o que paga se seguir nesse caminho, não existe case que prove essa tese como bem-sucedida, completa.

Na opinião do gestor, a postura da diretoria rubro-negra, hoje dirigida por Rodolfo Landim, acaba mostrando semelhança com a lógica utilizada por Florentino Perez, presidente do Real Madrid, na liderança pela criação da Superliga Europeia, que fracassou após grande rejeição até dos torcedores dos 12 clubes envolvidos.

A diretoria do Flamengo atual é a representação do que pensam os Florentinos Perez da vida. Eu cheguei a ler, não sei se foi verdade, eu só li em