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Em entrevista inédita, Moa do Katendê fala sobre democracia

Mestre Moa do Katendê era de falar pouco. “Muitas vezes passava horas no lugar só observando. Sem dizer nada. Era do tipo que valorizava bem aquele ditado de ter uma boca e dois ouvidos”, diz Geraldo Badá, amigo do capoeirista desde a década de 1970.

Desde o último domingo (7/10), dia das eleições presidenciais de primeiro turno no país, o silêncio de Moa variou do facultativo para o irrevogável. Aos 63 anos, o músico e ativista negro foi morto pelas mãos de um homem que tinha visto pela primeira vez na vida cerca de meia hora antes.

Moa levou 12 facadas de Paulo Sérgio Ferreira, 36. Segundo testemunhas, o início da rixa foi uma discussão política. Mestre Moa defendeu o candidato do PT, Fernando Haddad, e Paulo Sérgio, Jair Bolsonaro, do PSL . A discussão terminou de forma ríspida e Paulo Sérgio voltou para casa, pegou uma faca e golpeou o capoeirista pelas costas. Foi detido ainda naquela noite pela polícia, que seguiu o rastro de sangue até encontrar o acusado em casa. A cena do crime foi o Bar do João, nº 208, na comunidade do Dique Pequeno, em frente ao Dique Tororó, ponto turístico de Salvador.

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