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Eleitores do PT são mal informados ou defensores de mazelas, diz Doria
Em entrevista exclusiva à BBC Brasil, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), falou sobre diversos temas, da popularidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até a megaoperação policial na cracolândia, no centro da cidade.
Durante a conversa, Doria classificou os eleitores de Lula, líder nas pesquisas na corrida presidencial de 2018, como mal informados ou defensores da mazela e do mal feito.
“Ele (Lula) também é um inimigo do Brasil, embora tenha eleitores e uma base do eleitorado. Ou porque reconhece nele, mesmo diante das falcatruas, dos erros, das mazelas e das mentiras, um líder, o que é muito triste.”
Apesar de dizer que a disputa eleitoral de 2018 é assunto para janeiro, o prefeito minimizou o crescimento do atual segundo colocado, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
“É um candidato assumido, faz campanha há um ano pelo Brasil e isso vai sensibilizando uma parcela dos eleitores. Mas não creio que seja uma sensibilização definitiva.”
Questionado sobe a aliança com o governo de Michel Temer, Doria diz que “é preciso ter pragmatismo”.
“Não é a defesa incondicional do presidente Temer nem a defesa incondicional do seu governo. É a defesa do país, do Brasil e da sua governabilidade. E ter a certeza e a convicção de que teremos as eleições realizadas no seu prazo determinado constitucionalmente, que é em outubro de 2018”, disse.
Outro tema abordado na entrevista foi a operação que dispersou dependentes químicos e traficantes da cracolândia, em São Paulo, um dos maiores espaços abertos de consumo de drogas do mundo.
“A cracolândia fisicamente onde estava, no quarteirão da rua Helvétia com a Dino Bueno, acabou e não volta mais. Enquanto eu for prefeito de São Paulo, eu posso assegurar que ali não volta mais”, afirmou.
Após a operação, os usuários se espalharam pela cidade e formaram outra cracolândia na praça Princesa Isabel, próximo da anterior. A BBC Brasil questionou Doria a respeito disso.
Uma coisa é acabar fisicamente com o espaço da cracolândia. Outra coisa é o enfrentamento de uma questão longa e difícil que são os usuários.