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Eduardo Barroca revela como leitura tática de Filipe Luís desmontou sua est

Na campanha do título brasileiro de 2020, o Flamengo enfrentou o Coritiba no Couto Pereira e conseguiu vencer a partida diante do adversário que tinha um a menos, mas começava a reagir. O técnico do time paranaense era Eduardo Barroca, que montou uma estratégia que estava funcionando e ajudando seu time a criar oportunidades, isso até Filipe Luís perceber.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida, do Canal UOL, Barroca conta como o entendimento tático do lateral esquerdo do time rubro-negro minou a reação de seu time a partir de uma orientação aos zagueiros em relação ao posicionamento do ataque.

Renê Júnior, que era o meu volante foi expulso e naquele momento, a gente com um a menos e o Flamengo ganhando de 1 a 0, eu fiz uma opção, eu tinha o Neílton e Sassá no banco e eu fiz uma opção de colocá-los e, ao invés de fazer duas linha de quatro, montar um 4-3-2, eu já treinava isso com a equipe, que era estar com um jogador a menos, precisando de um resultado, a gente, ao invés de fazer duas linhas de quatro com um, a gente jogaria em um 4-3-2. E esses três jogadores, eles teriam um balanço muito rápido para cobrir a largura do campo, conta Barroca.

Para que a gente tivesse profundidade com dois e não só com um jogador. E aí, os dois entraram e logo depois que os dois entraram, durante uns 5 a 8 minutos, a gente conseguiu duas ou três chances de gol, o Flamengo errou por dentro, a gente botou uma bola na trave mesmo com um jogador a menos, e aí o Filipe Luís bem na minha frente ali no banco de reservas, ele vira para os zagueiros do Flamengo e relata ?vocês não estão vendo que eles não estão no 4-4-1, eles estão no 4-3-2, tira o jogo de dentro, eu não quero mais que vocês joguem pelos volantes, vocês vão fazer bater em mim e bater no, acho que era o João Lucas o lateral direito, completa.

Barroca afirma que depois da mudança orientada por Filipe Luís, o Flamengo retomou o controle do jogo e não cedeu novas oportunidades para o Coritiba.

A gente vai fazer esses três aí balançarem para um lado e para o outro. A partir do momento em que ele deu essa orientação para os zagueiros, a gente passou a não roubar mais bola no meio e ter transição com dois, o Flamengo começou a ter um controle muito maior territorial do jogo, porque a bola realmente batia de um lado e do outro a gente tinha dificuldade para lançar com três, diz Barroca.

O jogo terminou 1 a 0, mas a partir daquele momento a gente praticamente não teve chance e eu entendo que naquele momento a leitura pessoal dele, a cultura tática dele, a ação dele diante dos demais jogadores fez uma diferença naquele momento do jogo, conclui.

O Dividida vai ao ar às quintas-feiras, às 14h, sempre com transmissão em vídeo pela home do UOL