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Edi Rock explica a bíblia do rap que mudou a quebrada e desvendou o Brasil

Considerada a bíblia do rap brasileiro, “Sobrevivendo no Inferno” abriu os olhos do Brasil com uma visão poética e dura, sem filtros, da periferia brasileira. Pouco mais de 20 anos depois do seu lançamento (dezembro de 1997), o álbum se torna obra obrigatória no vestibular 2020 da Unicamp. É a primeira vez que o rap aparece ao lado de poetas como Luís de Camões. Versos que continuam atuais, segundo o vocalista e compositor Edi Rock, que assina as músicas ao lado de Mano Brown. “As histórias não mudam, elas só aumentam”, afirma. Ele revela histórias por trás das letras e analisa um Brasil que passou por transformações nas últimas décadas, mas que não alterou a realidade violenta e infernal. “A gente quer a paz, hastear a bandeira branca na quebrada. Quem vai lá para acabar com a nossa paz é a polícia. A instituição a mando do estado, e ele quer continuar isso”, diz, se referindo ao presidente eleito, Jair Bolsonaro.