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Diante da TV, judoca Rafaela Silva revela seu lado 'sofredor'

A medalha de ouro olímpica na categoria leve (até 57 kg) do judô não amenizou o sofrimento da versão 'torcedora' de Rafaela Silva.

Neste vídeo exclusivo, a judoca comenta sua mais recente conquista enquanto assiste à luta da compatriota Mariana Silva, que perdeu nesta terça-feira (9) a medalha de bronze na categoria meio-médio (até 63 kg) para a holandesa Anicka van Emden.

Nas imagens, Rafaela 'luta' junto, fazendo gestos que simulam os golpes da modalidade. Chega a gritar e estampar no rosto a frustração da derrota alheia.

Aos 24 anos, Rafaela conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil na Rio-2016 após derrotar a mongol Sumiya Dorjsuren, número um do mundo. A judoca mora na Cidade de Deus, no Rio, e quase abandonou a carreira após ofensas racistas em 2012.

Ela conta que ficou chocada quando leu nas redes sociais que lugar de macaca é na jaula e não na Olimpíada. Os ataques racistas vieram quando ela foi eliminada nos Jogos de Londres-2012.

Um outro tipo de preconceito, por vezes menos escancarado, mas igualmente agressivo, Rafaela já enfrentou, e enfrenta até hoje: o preconceito de gênero.

A jovem passou a entender que a sociedade ainda tarda a ver homens e mulheres como iguais no próprio esporte que escolheu como carreira.

Quando a gente começou a competir, o esporte era mais voltado para as equipes masculinas. Quando comecei a participar de competições no adulto, com 16 anos, via que não tinham nenhum respeito pela gente. [Os homens em geral] Debochavam da gente na pesagem, diziam que era fácil nos bater, debochavam do nosso desempenho.

Ela fica feliz em dizer que a mulheres cada vez mais estão provando seu valor, dentro e fora do esporte, mas ressalta que não deveria ser assim.

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