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Dia dos avós: desafio de ter fôlego e aceitar ser coadjuvante na família

“A criança de hoje em dia já nasce sabendo nadar, de tanto que os avós babam sobre ela”. Assim o aposentado Helio Noguchi, 67, define seu relacionamento com Lara, sua primeira neta, de um ano e três meses. Prestes a se tornar avô pela segunda vez, ele e a esposa, Elizabeth Noguchi, 66, participaram de uma oficina de reciclagem para avós, que ocorre mensalmente na Casa Moara, em São Paulo.

Além dos cuidados com o bebê, como troca de fraldas, importância do sono e amamentação, o encontro também aborda a parte emocional da relação familiar. Afinal, com a chegada dos netos, os avós passam de protagonistas para coadjuvantes na relação com os filhos. “Nem sempre é fácil aceitar esse novo lugar”, explica a psicanalista Maiana Rappaport, autora da oficina.

“Optar, por exemplo, por não dar chupeta ou mamadeira pode soar como uma crítica à maneira como foram criados, mas são apenas escolhas diferentes, que devem ser respeitadas”, diz Maianna, que também atua como consultora do sono.

Para a psicanalista, a chegada de um bebê gera inseguranças no casal, por isso, muitos pais preferem que os avós olhem para eles e não somente para os bebês.