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Deu Tilt #6: Tem como "acalmar o cérebro" diante da incerteza? Neurocientis

Em tempos de pandemia, o home office virou a rotina de trabalho de quem pode trocar o escritório pela casa. Os aplicativos de gestão de tarefas e de reuniões online aparecem como a salvaguarda para manter o ritmo da empesa funcionando, mas a maior aliada para um trabalho realmente produtivo pode ser a neurociência.

Para entender a relação do cérebro com os padrões de comportamento, com os erros e acertos e até com a inteligência artificial e com a capacidade de automatizar a inovação, nós convidamos uma neurocientista para o sexto episódio do podcast de ciência e tecnologia, o Deu Tilt (ouça no arquivo acima o programa). Nele, o colunista Ricardo Cavallini, o Cava, bate um papo com Carla Tieppo, doutora em neurofarmacologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), pioneira na aplicação da ciência do cérebro no desenvolvimento organizacional e humano.

O fato de a gente não conseguir mais levar a nossa vida como levava antes, essa quebra de rotina, nos coloca nesse lugar de incerteza, que chega num volume absurdo. Porque tudo que a gente fazia, todas as certezas, todos os planos desmoronaram de um dia para o outro. Então é muito dramático. Fundamentalmente, o que as pessoas vão precisar é reconstruir neste momento seus planos, suas ideias e suas convicções e isso diante de um clima onde a gente não sabe o que vai acontecer na semana que vem, explica. (a partir de 11:46)

A mente humana gosta de ter esse controle, a previsibilidade, a constância, o automatismo. Isso se perdeu, então que a gente pode fazer? Podemos colocar a serviço da dinâmica cerebral um gerenciamento emocional, que é o que mais faz falta hoje em dia às pessoas. As emoções têm um papel muito claro, mas isso foi sendo deteriorado, depreciado dada a apologia que a gente faz da racionalidade.

Para quem pensa que home office é trabalhar de pijama, o cenário real, ao menos o produtivo, é muito distante disso. Cava perguntou à neurocientista como criar mecanismos mentais para fazer esse tipo de trabalho dar certo. (ouça a partir de 34:00)

Tieppo alertou que é importante construir em casa uma rotina parecida com que era vivida quando se ia trabalhar no escritório e tomar cuidado para não misturar canais. Não usar aquele espaço que você usa para entretenimento e aí você usa para trabalhar também, porque isso mistura a sua dinâmica cerebral. Você precisa encaixar naquela tarefa trabalho como encaixava antes. Senão fica tudo meio parecendo férias ou parecendo que você está fazendo as coisas porque você está trabal