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De onde vieram o capuccino e o croissant?

- A cor já é uma dica da origem: o mais católico dos cafés tem a cor da batina dos frades franciscanos. E o nome confirma: cappuccino, em italiano, corresponde a capuchinho, o nome da ordem dos frades.
- A receita original é de autoria do frade capuchinho italiano Marco d´Aviano (1631-1699). Ele viveu em Viena, Áustria, quando a cidade foi sitiada pelos turcos-otomanos, no final do século XVII. O sítio durou dois meses e a batalha de libertação, dois dias: 11 e 12 de outubro de 1683. Com a vitória do rei Leopold I e a fuga dos turcos-otomanos, ficaram para trás os feridos, os acampamentos e muitos mantimentos, incluindo sacas de café. Os vienenses acharam a bebida amarga demais, mas o frade D’Aviano inventou uma mistura daquele café com leite e mel e passou a distribuir para os feridos e os prisioneiros.
- O “café do cappuccino” logo passou a ser conhecido apenas como cappuccino e assim permanece até hoje, embora a receita original tenha sido alterada para café com leite espumado e açúcar ou café com leite e pó de chocolate ou café com leite espumado e um pouco de canela, com e sem desenhos em forma de coração... Enfim, são diversas as variações a gosto do freguês.
- No mesmo assédio militar a Viena, os turcos tentaram abrir buracos nas muralhas, cavando durante a noite. Mas foram ouvidos e denunciados por padeiros, que faziam pães de madrugada, com a pouca farinha que restava. E os soldados vienenses conseguiram repelir os invasores. Então os padeiros pediram autorização à Roma e ao imperador Leopold I para fazer pães em forma de meia-lua, representando os inimigos derrotados com o símbolo proibido do crescente islâmico (até hoje estampado na bandeira da Turquia). E esses pães receberam o nome “crescente” ou croissant, em francês
- Uma curiosidade: em abril de 2003, o Papa João Paulo II beatificou o frade Marco D´Aviano. Não foi por ter inventado o cappuccino ou por tê-lo associado ao croissant, claro, mas por seus atos de humanidade para com os cristãos e de compaixão para com os inimigos turcos que ficaram para trás, feridos ou aprisionados.
- Ainda hoje um cappuccino vai muito bem com croissant e a feliz combinação é apreciada por católicos, protestantes, ateus e muçulmanos.