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Crescem casos de suicídio entre índios carajás, em MT

São três túmulos à flor do chão, em meio a uma área de mata onde foi erguido um cemitério. Gravados à mão nas lápides improvisadas com cimento, estão os nomes dos filhos de Waritaxi Iwyraru Karajá, de 56 anos.

Morador de Santa Isabel do Morro, a maior aldeia da etnia Carajá na Ilha do Bananal (divisa entre Tocantins e Mato Grosso), ele conta que vem regularmente ao local para pensar nos filhos e buscar respostas.

Eu venho aqui e fico pensando, pensando, mas não encontro explicação. Parece até uma doença, que vai contaminando as pessoas. Ou um feitiço. Meus filhos não tinham motivo para tirar a própria vida, diz.

Os filhos de Waritaxi cometeram suicídio por enforcamento. O mais novo, Suara, tinha apenas 15 anos. Detuhe, a filha de 24 anos, estava grávida de quatro meses.

O luto e a perplexidade do pai são compartilhados com cada vez mais preocupação pelas aldeias da etnia.