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Correria (ainda mais) arriscada: como é ser motoboy de material de laborató

Se perguntarmos sobre o cotidiano para qualquer motoboy que trabalhe na cidade de São Paulo, certamente a palavra correria estará nas primeiras frases de sua resposta. Agora a situação em tempos de pandemia ganhou um outro componente: o risco de contaminação. É isso que conta Fabiano Macedo Constante, de 42 anos.

Em seus 25 anos de carreira, ele vive uma situação inédita. Funcionário do Grupo Master, durante o dia ele trabalha com retiradas e entregas de material biológico entre um hospital e um laboratório, ambos na região da Avenida Paulista, em São Paulo.

Já atuo há uns dez anos na área de saúde. Hoje carrego material biológico como coletas de sangue. Então o risco aumentou muito, porque eu acabo frequentando lugares de maior risco, como os hospitais

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Cuidado redobrado

A função exige agilidade e precisão. Ele transporta amostras de sangue de pacientes com câncer que aguardam a autorização para a realização de quimioterapia.

Enquanto esse tratamento não é liberado, o paciente precisa esperar no hospital. E essas pessoas não só pertencem ao grupo de risco, como estão em um ambiente que traz mais riscos em tempos de pandemia, por mais que sejam tomadas todas as precauções de higiene.

Meu trajeto é bem curto, mas a frequência é alta. Fico nesse bate e volta, com intervalo a cada 30 minutos

Ele conta que os horários são controlados rigorosamente, uma vez que os laboratórios levam de 1h30 a duas horas para analisar as amostras.

Então se acontecer algo no trajeto, os pacientes precisam ficar esperando ainda mais. É uma grande responsabilidade

Em seu corre diário, Constante diz que tem feito tudo que é possível em termos de cuidado com a própria saúde.

Como fico indo de um prédio pro outro, meu cuidado maior é dentro dos elevadores. Tem dias que chego a pegar 20 vezes em cada prédio. Sempre tento pegar os elevadores vazios, passo álcool gel toda hora na mão e uso máscara. E também fico distante de outras pessoas

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Além disso, sempre que chega ao trabalho pela manhã, ele passa pela triagem do hospital onde medem parâmetros como temperatura e pressão arterial.

Se o risco por trabalhar dentro do hospital é maior, fora