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CAOScast: Na guerra de streamings, como escolher o que assistimos?

Nada mais angustiante do que abrir a Netflix com o prato de comida prontinho na hora do jantar? e aí deixar a comida esfriar antes de conseguir encontrar algo para assistir. Se você já passou por essa situação (privilegiada, convenhamos), com certeza vai se identificar com o novo episódio de CAOScast --ouça no arquivo acima.

Segundo uma pesquisa da Consumoteca, 48% dos consumidores abrem uma plataforma de streaming sem saber ao que assistir. E se as escolhas dentro de um só serviço já parecem ser infinitas, hoje temos à disposição Amazon Prime, HBO Go, Disney+, Mubi e um sem fim de opções de streaming que, além de embolar nossa cabeça, ainda custam muito ao bolso.

Mais gastos, mais dúvidas na hora de escolher e mais ansiedade ao sentir que você está perdendo muito conteúdo legal. O que era para ser um serviço simplificado acabou gerando diversos paradoxos, define a head de pesquisa da Consumoteca, Marina Roale -- que morre de saudade das locadoras. Mas ela mesma reconhece que isso é pura nostalgia. O streaming traz facilidades, e os números de adeptos a ele estão aí para provar isso.

Dentro desse mar de possibilidades, Michel Alcoforado, apresentador do CAOScast, antropólogo e colunista de TAB, conta que a Netflix segue reinando. Não tem jeito, tá todo mundo ligado no streaming. Tanto que, hoje, 93% dos consumidores que assinam serviço de streaming no Brasil assinam Netflix. Esse é um dos dados de uma pesquisa que o Grupo Consumoteca fez nos últimos tempos. Só que a concorrência está se acirrando, afirma ele (ouça a partir de 8:40).

No entanto, a plataforma já não é mais sinônimo absoluto de streaming. Essa relação que a gente tem com o Netflix é porque o Netflix apresentou o streaming pra gente. (...) Só que agora a gente tem uma oferta de serviços muito maior à disposição do que tinha nos últimos anos. A gente assina um monte deles. E a entrada no mercado desses novos players (...), isso tornou o jogo mais complicado do que a gente imaginava que seria quando os streamings chegaram. Do nosso ponto de vista, a única disputa era entre TV aberta, TV a cabo e streaming, diz a pesquisadora Rebeca de Moraes (a partir de 9:05). Hoje, essa disputa se dá também entre os próprios serviços e também com outro concorrente: o tempo dos espectadores.

Para a trupe dos caóticos, as plataformas precisam ficar muito atentas não apenas ao conteúdo que apresentam, mas como o disponibilizam. É muito sobre como, além de oferecer um conteúdo para quem está assistindo, você se preocupa em oferecer um mood, uma maneira que ele vai se sentir naquele momento, algo que vai além do que você está mostrando. Para que quando o cara lembre ou pense que quer assistir a algum conteúdo, ele não vá querer apenas aquilo que você está oferecendo para assistir, mas entrar no momento que tem a ver com a sua marca, explica Moraes (a partir de 32:50).

Por exemplo: ninguém vai ao Mubi esperando assistir a um filme de comédia pastelão, à Disney+ para ver uma série de terror ou