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Bruno Fratus: Trajetória até o bronze me durou mais de 20 anos investidos

Depois da frustração em Londres e no Rio de Janeiro, Bruno Fratus conseguiu sua primeira medalha olímpica com o bronze nos 50m livre dos Jogos Olímpicos de Tóquio e ressaltou em entrevista a Domitila Becker, no UOL News Olimpíada, que dentre as histórias de cada medalha, a sua foi a de resiliência e crença no trabalho, tendo superado momentos complicados, mas ressalta que a história continua e o pódio no Japão não foi o último episódio.

Toda medalha que a gente ganhou aqui, toda medalha de edições anteriores tem uma história especial. A minha é baseada em resiliência, eu acho, em convicção que eu poderia atingir o meu objetivo e uma fé quase inabalável no meu trabalho, nas pessoas que estão todo dia do meu lado e no meu potencial, no meu talento. Então foi ali, logo depois da prova era tudo gratidão, era tudo felicidade, diz o nadador.

Para conseguir chegar onde a gente chegou, tudo isso teve que ser superado já há um tempo, mas de fato tiveram passagens aí em que eu cheguei a questionar se realmente valia à pena, porque, gente, no final das contas a gente vai voltar para casa e acabou. Não é que estamos com a vida ganha, não é que vai chegar um cheque de R$ 10, 20, 30 milhões lá em casa e acabou, férias para o resto da vida, completa.

Fratus afirma que no meio do caminho até a medalha, ele refletiu muitas vezes se estava valendo todo o esforço realizado para tal em seus mais de 20 anos de carreira e ressalta que é muito difícil alcançar o feito que ele conseguiu no Centro Aquático japonês.

O que acontece aqui no esporte é que a gente veio aqui, essa minha trajetória até esse o bronze de hoje, que provavelmente não seja o episódio final, mas essa trajetória até o bronze de hoje me durou mais de 20 anos investidos nesse propósito, ser medalha olímpico, e muitas vezes a gente faz isso porque gosta, porque acredita. Então, no meio do caminho, você vai questionar se realmente vale à pena, até financeiramente, em termos de construir algo para a sua vida, para a sua família, em termos de carreira, afirma o nadador.

Eu tive, não vou dizer sorte, mas eu tive a felicidade de ser medalhista olímpico hoje, mas vários outros atletas não conseguem atingir, chegar até uma medalha olímpica e enquanto você não tem essa medalha olímpica na mão, tudo é bem incerto, completa.

A origem de Os cara é grande, mas nós é ruim

Na entrevista que deu logo após a medalha de bronze, Bruno Fratus usou a frase os cara é grande, mas nós é ruim ao falar sobre não ser um nadador com tamanha estatura e não ter as mesmas vantagens físicas que outros nadadores. Ele explicou a origem da frase e o que ele quis dizer com isso.

Isso é uma fala extremamente engraçada de um filme chamado Meu Nome não é Johnny e virou meio bordão na própria equipe, entre os amigos, que falam 'os cara é grande, mas nós