reprodução automática próximo vídeo em 5s

Brasil "encaretou", diz Kadu Moliterno sobre triângulo em Armação Ilimitada

Quando 'Armação Ilimitada' estreou, em maio de 1985, o Brasil estava saindo de uma ditadura militar que durou 21 anos. Um clima de euforia tomava conta do país. Na teledramaturgia, criadores e artistas queriam dizer tudo aquilo que, por duas décadas, ficou entalado na garganta. O programa que retratava dois amigos surfistas da Zona Sul do Rio de Janeiro veio para ousar: na narrativa, nas histórias e nos personagens.

Juba (Kadu Moliterno) e Lula (André de Biase) namoravam a mesma garota, Zelda Scott (Andréa Beltrão). Esse triângulo amoroso foi baseado no filme Jules et Jim, de François Truffaut.

Na época, a trama em horário nobre na TV Globo foi aceita com normalidade. Esse 'ménage à trois' de Zelda, Juba e Lula hoje seria até mais contestado, opina André. Acho que a inocência da gente, a forma que a gente tratava desse assunto sem pesar esse contexto fluiu de uma forma tão natural que todo mundo aceitou, relembra.

Para Kadu, o Brasil encaretou. O preconceito hoje é muito maior do que naquela época. Nós tínhamos uma liberdade de criação muito grande, conta. Ele acha que, atualmente, a sociedade brasileira não aceitaria dois homens namorarem a mesma mulher com a tranquilidade da época. Hoje em dia tem muito mais preconceito, afirma.