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Avanços na erradicação da febre aftosa no Brasil

• A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda. Ela afeta o rebanho bovino e outros ruminantes domésticos e selvagens. Seus principais sintomas são febre e vesículas ou aftas, principalmente na boca e nos pés de animais.
• A doença é causa por um vírus, pode ser prevenida pela vacinação e por medidas de prevenção adequadas. Ela é transmitida pela movimentação de animais, pessoas, veículos e objetos contaminados pelo vírus. Calçados, roupas e mãos também podem transmitir o vírus.
• Desde 2017, o Brasil executa o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), com encerramento previsto para 2026. O plano está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), e busca a erradicação da doença na América do Sul.
• O PE-PNEFA tem como objetivo principal “criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira”. Em todo o território são adotadas diversas ações em âmbito municipal, estadual e nacional, com o envolvimento do Serviço Veterinário Oficial, setor privado, produtores rurais e outros atores.
• Graças ao trabalho conjunto da defesa sanitária federal e estadual, Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a ser declarado como livre da aftosa sem vacinação. Posteriormente, houve o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de mais seis estados livres de febre aftosa sem vacinação: Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e parte do Amazonas e do Mato Grosso. E em 2021, a vacinação buscou imunizar 170 milhões de bovinos e bubalinos.
• Agora, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a suspensão da vacinação contra a febre aftosa em seis estados: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal. Isso ocorrerá após a última etapa de vacinação em novembro. Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a OIE exige a suspensão da vacinação e a proibição de ingresso de animais vacinados por, pelo menos, 12 meses. Cerca de 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, quase 50% do rebanho total do país.
• O anúncio foi feito pelo ministro da agricultura e pecuária Marcos Montes e pelo secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, na abertura da 87ª edição da ExpoZebu, em Uberaba (MG). Uma grande conquista do Ministério, dos estados e dos produtores rurais. Isso é fundamental para o maior exportador de carne bovina do planeta. A meta é o Brasil totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.