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Arnaldo: "A fórmula é bizarra, mas o Paulista é ótimo como um passatempo"

Com uma fórmula que possibilita a classificação de clubes com menos pontos em grupos diferentes, como a Ponte Preta e o Corinthians, enquanto o Grêmio Novorizontino foi eliminado após ter pontuado mais, o Campeonato Paulista começa nesta quarta-feira a disputa da fase final depois de as duas últimas rodadas da fase classificatória mostrarem os clubes grandes oscilando, enquanto o Red Bull Bragantino se sobressaiu em seus dois jogos, inclusive contra o São Paulo no Morumbi, para ficar com a melhor campanha.

No podcast Posse de Bola #43, Arnaldo Ribeiro reconhece que a fórmula do estadual é questionável, mas diz que como entretenimento o Paulista deste ano é um sucesso, considerando todas as condições em que se dá a disputa, num momento de pandemia, com os clubes tendo ficado parado por quatro meses e um nivelamento dentro de campo de times com diferentes expressões.

Para os moldes atuais, para os estaduais como 'pré-temporada' de dois meses e tal, eu acho o Paulista ótimo, divertido, instigante. A fórmula é bizarra? É! Mas você chega na última rodada sem saber se o cara vai ser rebaixado ou classificado e, para um torneio de pré-temporada, ele é maravilhoso, ele te dá mil opções. E eu acho, diferentemente do Mauro, eu acho que existe um nivelamento, ninguém sobra no negócio, ninguém sobra tranquilo, tanto que o favorito não é nenhum dos quatro grandes, isso não existe em nenhum outro lugar do país, diz Arnaldo.

Ontem teve um jogo que eu acho exemplar, Palmeiras e Água Santa. O Água Santa foi rebaixado e perdeu o jogo de virada com gol de pênalti no finalzinho. Então, assim, entre o Palmeiras classificado e o Água Santa rebaixado, a diferença é pequena e eu acho que essa é a graça do campeonato. Mas é um torneio, não é um campeonato, é para a gente se divertir mesmo, completa o jornalista.

Arnaldo ressalta também que o futebol não voltou em alto nível nos grandes centros europeus e que na temporada atual não será possível debater tanto a questão técnica e sim a emocional das competições.