reprodução automática próximo vídeo em 5s

Aos 77, 'vovô telescópio' não tem para quem deixar herança astronômica

Aos 77 anos, Bernardo Riedel trabalha de dez a 12 horas por dia. Até mais, se for uma noite de céu claro, quando aproveita a boa visibilidade para testar os telescópios que produz num galpão no bairro do Horto, em Belo Horizonte. Dali, Riedel calcula já terem saído mais de 1.500 instrumentos fabricados por ele com a ajuda de dois assistentes.

Riedel pesa 50 kg --o equivalente a dois telescópios e meio que produz-- e seu rosto lembra Carl Sagan mais magro. Os funcionários auxiliam sobretudo na parte mecânica dos instrumentos. O domínio da parte óptica, no entanto, como o polimento de espelhos e lentes, é exclusividade do professor, como é chamado.

Na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), Riedel formou-se em Farmácia e Bioquímica e deu aulas a partir de 1970. Trabalhou como óptico do Observatório da Serra da Piedade, a 50 km de Belo Horizonte, até se aposentar, em 2000.