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Aline Midlej: 'Ser âncora de TV é colheita minha e de mulheres que represen

Faz seis meses que Aline Midlej assumiu o comando do Jornal das Dez, exibido na GloboNews, e sua presença à frente da atração é marcante. A jornalista de 39 anos já se tornou uma referência da tevê e faz parte de uma geração que não deixa de se posicionar frente aos temas urgentes. Sou muito intuitiva em tudo que faço e isso envolve riscos. Desde sempre, fui uma jornalista que me posiciono. Dar opinião é diferente de se posicionar, principalmente quando a gente trata de temas que são da ordem do civilizatório. Há questões que são humanitárias, de respeito à vida, à dignidade, à liberdade de ser o que a gente quer ser. Isso é inegociável, diz.

Em entrevista à maquiadora e colunista de Universa Fabi Gomes no novo episódio do E Aí, Beleza?, Aline se diz uma mulher incomodada, a favor de fazer um jornalismo mais humanizado. Acho que a vida tem que ser no improviso, disse, ao final do programa. Ocupando cada vez mais espaço em frente às câmeras, em setembro do ano passado ela passoua integrar o rodízio da bancada do Jornal Nacional. E ocupar esses espaços sendo uma mulher negra é celebrar a importância da representatividade.

É uma colheita minha e de muitas outras mulheres que represento, pontua. Quando chego em qualquer lugar, principalmente em um estúdio de televisão, estou carregando história, ancestralidade, luta, resistência e resiliência de muitas mulheres que abriram caminhos para mim.

http://conteudo.imguol.com.br/c/entretenimento/55/2021/03/08/aline-midlej-1615214960835_v2_450x600.jpg title=Aline Midlej nos estúdios da GloboNews>Aline Midlej nos estúdios da GloboNews - Divulgação (450x600)

Aline conta como trabalhar frente às câmeras interfere na sua autoimagem. Para estar ali, preciso estar cuidada, saudável, com energia, não só com a 'pele boa'; mas com o meu interior, preciso transparecer que estou bem para poder me conectar com as pessoas ao vivo e contar as histórias que tenho que contar.

Confira os principais trechos da conversa.

Universa: Quando você começou a ser ver no vídeo, a sua relação com a beleza e a autoimagem mudou de alguma maneira?
Aline Midlej: É natural que isso aconteça e tem a ver também com o meu processo de amadurecimento, como mulher ficando mais velha, mais vivida. Na minha profissão, ainda tem a relação com vídeo e o papel que exerço em frente às câmeras.

Quando seu rosto e imagem passam a ser ferramenta de trabalho, mas a favor da informação, faz uma baita diferença. Passei a ter um olhar mais cuidadoso comigo, mas foi mais desafiador no sentido de entender o que é beleza. E também ter muito cuidado para não entrar em um registro de cobrança de um padrão que ainda existe na televi